Maio 2021

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No dia 21 de fevereiro, decorreu uma dádiva de sangue e recolha de medula óssea, nas instalações do Centro Social da Juventude de Mar, em S. Bartolomeu do Mar, Esposende, sob a responsabilidade do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, em parceria com a Associação Humanitária dos Dadores de Sangue de Esposende, e contou com o apoio e colaboração da União de Freguesias de Belinho e Mar, da Paróquia de S. Bartolomeu do Mar e do Centro Social da Juventude de Mar.

   Ao longo da manhã do dia 21 de fevereiro, os dadores foram comparecendo para mais uma vez colaborarem nesta iniciativa de dar sangue e, deste modo, contribuir para amenizar um dos graves problemas que o país está a viver que é a falta de sangue a nível nacional. E, como este tipo de iniciativas já decorre desde há muitos anos, em Mar, é normal que grande parte dos dadores que compareceram sejam considerados “veteranos” na dádiva, tais as inúmeras vezes que já estenderam o braço, na maca, para realizar a dádiva. Mas, como em tudo, e neste tipo de iniciativas isto é fundamental, há sempre novos dadores que surgem pela primeira vez, como foi o caso do jovem Mário Pires, de Vila Chã. E são estes gestos que tornam cada dádiva de extrema importância para que os estabelecimentos de saúde possam prosseguir com muitos dos atos médicos, sobretudo dos que exigem o sangue na recuperação dos doentes e de quem dele necessita.

   E, se nem todos conseguiram dar sangue, em virtude de alguma anomalia, temporária, de saúde, é sempre importante nunca desistir e comparecer na próxima dádiva, pois nunca de deve desistir. Aliás, a segurança na dádiva é algo que não se pode descurar. Por isso, qualquer dador antes de dar sangue tem uma conversa com um médico para assim garantir todas as qualidades na dádiva e, deste modo, haver garantia de que o sangue pode ser aproveitado. Antes desta consulta médica, cada dador apresenta-se na receção para efetuar a sua inscrição. Depois, há direito a tomar um café ou algo mais açucarado, e, então decorre a dádiva… no final desta, o dador é convidado a tomar mais uma bebida e a comer uma bucha antes de recolher o seu cartão de dador, já atualizado, e assim, poder garantir ao dador o uso atualizado do mesmo e beneficiar dos direitos respetivos, nomeadamente da isenção do pagamento de alguns atos médicos.

   De salientar que, nesta dádiva, a Associação de Dadores de Esposende teve a gentileza de oferecer um brinde a cada dador que compareceu, constituído por um conjunto de máscaras faciais e um porta chaves.

  Mário Pires, 42 anos, de Vila Chã, compareceu pela primeira vez, para dar sangue. E veio por uma questão de saúde própria e por indicação do médico. “Fui aconselhado pelo médico a dar sangue, pois tenho ferro a mais no sangue e tenho que o deitar fora. E entre deitá-lo fora e dar sangue preferi dar sangue”. E deixou uma garantia para o futuro: “vou dar sangue sempre que puder. Esta é a primeira de muitas dádivas”, confidenciou o jovem Mário.

   Ana Maria Coutinho Capitão, de Mar, disse que “já dou sangue há muito tempo. E tudo começou porque “tive uma sobrinha que teve um problema muito grave que precisou de sangue. Toda a família se mobilizou para dar sangue e eu também. A partir daí tenho dado sempre sangue”, aludiu. Por outro lado, e “enquanto puder e tiver saúde, vou dar sangue, pois é preciso ajudar quem precisa”, rematou a florista Ana Maria.

   António Lacerda de Sá, de Mar, garantiu que “sou dador há muitos anos. Já estou no quadro de honra dos dadores, pois são dezenas e dezenas de dádivas”. E tudo começou em Mar porque sentia-me um jovem saudável e como chefe de família resolvi dar, para ajudar. E como nunca tive problemas de saúde considerei importante  colaborar nesta tarefa que é de todos”, afiançou.

   Também o Engenheiro Manuel Lima Abreu, de Mar, também salientou que é dador “há muitos anos. Desde o início que se começou a realizar a recolha em Mar. E sempre que há dádivas, compareço, pois, acima de tudo, é uma “obrigação moral de ajudar que cada um tem e contribuir para ajudar quem necessita”.

Texto e Foto: Manuel Azevedo*